"Nós sempre aspiramos e devemos sempre aspirar a ter um canal aberto de diálogo com a Rússia. Perseguimos uma política de diálogo e firmeza, lembrando que apenas a implementação dos acordos de Minsk será uma condição para uma mudança de atitude", disse Le Drian em seu discurso em uma conferência intitulada "O futuro da Europa em meio a competição sino-americana", realizada na Universidade Sorbonne.
"Devemos usar todas as possibilidades de diálogo com a Rússia, não com espírito de confronto, mas sem apaziguar certas práticas de ameaças [da Rússia], a fim de perseguir nossos interesses", acrescentou.
A França e a Rússia, juntamente com a Ucrânia e a Alemanha, são membros do chamado Quarteto da Normandia que trata das discussões acerca das crises ucranianas.
Foi com esse bloco responsável pelas negociações na capital bielorrussa de Minsk que as partes do conflito — o governo central ucraniano e as repúblicas separatistas orientais — assinaram o acordo de cessar-fogo em 2015. No entanto, os combates esporádicos continuam, com ambos os lados acusando uns aos outros de violações do cessar-fogo.
Enquanto isso, a França, juntamente com outros Estados membros da União Europeia (UE), acusou a Rússia de apoiar a milícia no leste da Ucrânia e, assim, ser responsável por continuar as ações militares.
A Rússia tem negado repetidamente a interferência nos assuntos internos da Ucrânia.