Tchau, bitcoin? China planeja pôr fim à mineração de criptomoedas

Um documento elaborado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China - órgão máximo de organização da economia do país - incluiu a mineração de moedas digitais na extensa lista de indústrias que pretende eliminar do país.
Sputnik

Para o especialista chinês Bian Yongzu, da Universidade Renmin da China, esse é um passo bem lógico nas circunstâncias atuais.

O relatório destaca que a mineração de criptomoedas é uma atividade insegura e que não corresponde à legislação em vigor no país.

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No entanto, essa não é a primeira vez que Pequim aplica medidas restritivas em relação às moedas digitais.

Em 2017, as autoridades chinesas proibiram as bolsas de criptodivisas e a oferta inicial destas moedas, que representa um tipo de financiamento feito através da utilização de moeda digital.

Para contornar essa restrição, as bolsas de moedas eletrônicas foram transferidas para outras jurisdições, na Coreia do Sul, Hong Kong e Singapura.

Como até então não havia nenhum proibição chinesa em relação às criptomoedas, a China hoje é considerado o país asiático responsável por 70% da chamada mineração global de bitcoins — a moeda digital mais famosa do planeta.

Para Yongzu, considerando que a taxa de câmbio do bitcoin e de outras moedas caiu em 2018, a possível proibição da mineração na China poderia se tornar "o último prego a ser colocado na tampa do caixão" do mercado de criptomoedas.

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"A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas colocou a mineração de moedas virtuais na lista negra porque as atividades relacionadas a ela não trazem benefícios para a produção e o desenvolvimento social, além de não terem nenhum sentido. A possível introdução do veto à mineração de moeda criptográfica será um duro golpe para esta indústria. Então, as perspectivas para o bitcoin são muito tristes", ressalta.

Por enquanto, a lista publicada pela comissão foi apresentada para discussão pública e irá de continuar até 7 de maio.

Caso a mineração de moedas virtuais seja proibida na China, a medida pode acabar pressionando a taxa de câmbio das criptomoedas, conclui o especialista.

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