Na terça-feira passada (2), Moreno disse que Assange violou "várias vezes" o acordo de convivência para garantir permanência dele na embaixada equatoriana.
"O Equador, soberanamente, dá por finalizado o asilo diplomático outorgado ao senhor Assange em 2012", afirmou.
Recentemente, foi divulgado o VÍDEO da detenção de Assange.
De acordo com publicação do WikiLeaks no Twitter, Assange não saiu da embaixada do Equador, mas o próprio embaixador convidou a polícia britânica para dentro do prédio, prendendo Assange imediatamente.
O secretário de Interior britânico, Sajid Javid, assegurou que o jornalista de origem australiana irá enfrentar a justiça no Reino Unido.
"Julian Assange não é um herói, ninguém é acima da lei. Ele está se escondendo da verdade há anos. Obrigado ao Equador e ao presidente Lenín Moreno pela colaboração com o MRE britânico para assegurar que Assange lide com justiça", escreveu Hunt no Twitter.
O ex-presidente equatoriano, Rafael Correa, chamou Lenín Moreno de maior traidor da história de toda a América Latina.
"O maior traidor da história equatoriana e latino-americana, Lenín Moreno, permitiu que a polícia britânica entrasse na nossa embaixada em Londres para prender Assange. Moreno é um corrupto, e o que ele fez é um crime que a humanidade jamais se esquecerá."
O ex-agente da Agência de Segurança Nacional dos EUA, Edward Snowden, comentou a prisão de Assange.
"Dia obscuro para a liberdade de imprensa", disse.
O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, ficou famoso por publicar assuntos polêmicos sobre, por exemplo, operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, bem como sobre as condições na prisão de Guantánamo.
Em 2010, o fundador do portal, que é de interesse das autoridades americanas, viajou para a Suécia em busca de proteção, porém, acabou sendo acusado de estuprar duas mulheres, mas acusação veio a ser arquivada pela Suécia, que revogou mandato de captura.
Desde 2012, o fundador do WikiLeaks estava vivendo na embaixada do Equador em Londres.