Crise do Sudão teria sido plano do Ocidente?

Há muito tempo, o Ocidente vem tentando ocasionar crise no Sudão, pois o atual presidente Omar al-Bashir nunca foi vantajoso para ele, surgindo a chance de o país ser dividido como aconteceu na Somália, afirmou especialista para a Sputnik.
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Segundo professor da Faculdade Oriental da Universidade Estatal de São Petersburgo Igor Gerasimov, o Sudão vem enfrentando sanções há décadas. E, apesar de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter prometido cancelá-las, continuam em vigor, reforçou o especialista.

"A situação econômica é tal que, embora o Sudão seja um país muito promissor em termos de economia, agricultura e transporte, se desenvolveu muito pouco e o sistema financeiro mal funciona devido ao bloqueio do Ocidente. O país foi especialmente levado à crise", afirmou Gerasimov.

Segundo o especialista, o governo atual também deu alguns passos descuidados que não atenderam aos interesses do povo. Para Gerasimov, o pior cenário para o Sudão seria se o Ocidente continuar dividindo-o, o que o levaria a uma situação parecida com a da Somália, que possui hoje em dia vários governos.

Palácio presidencial pega fogo no Sudão
No dia 11 de março, o Exército do Sudão decidiu afastar o presidente Omar al-Bashir de todos os cargos e demitir o governo. Segundo mídia, o presidente foi detido. Milhares de pessoas foram às ruas da capital sudanesa no fim de semana, exigindo a demissão do presidente do país, Omar al-Bashir, que estava no poder há 30 anos.

Os protestos contra Bashir vieram à tona pela forte crise econômica de anos, que piorou com a secessão do Sudão do Sul, em 2011. O Sudão está na lista das 25 nações mais pobres do mundo.

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