Na quinta-feira (11), durante uma entrevista à CNN, o embaixador iraniano no Reino Unido, Hamid Baeidinejad, avisou que qualquer atividade militar dos EUA contra a Guarda Revolucionária seria "retaliada vigorosamente".
"Se eles ousarem implementar essas instruções que o IRGC é uma organização terrorista… se eles iniciarem ações contra o CGRI, eles verão como nós retaliaremos vigorosamente no terreno", disse o embaixador e acrescentou que colocar o CGRI na lista negra é apenas uma retórica vazia.
"A realidade é que agora há forças dos EUA na região, assim, é logico que haja preocupações, mesmo dentro do establishment norte-americano, por se considerar o CGRI como organização terrorista, porque agora isso pode levar a um impacto direto na situação em que as tropas estadunidenses estão na região", ele disse.
O embaixador continuou dizendo que a Guarda Revolucionária deveria ser elogiada pelos seus esforços contra o Daesh na Síria e no Iraque, em vez de ser colocada pelos EUA na lista de organizações terroristas, o que, segundo ele acha, foi um presente eleitoral para o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.
A reação de Baeidinejad foi causada pela declaração do presidente estadunidense Donald Trump, que anunciou em 8 de abril: "Este passo inédito… reconhece a realidade que o Irã não é apenas um Estado patrocinador do terrorismo, mas também que o CGRI participa ativamente, financia e promove o terrorismo como instrumento da política de Estado. O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica é o meio principal do governo iraniano no gerenciamento e implementação de sua campanha terrorista mundial."