Presidente afegão critica anúncio de nova ofensiva pelo Talibã

O palácio presidencial afegão criticou o anúncio do Talibã de uma nova ofensiva da primavera, chamando o grupo de "ilegítimo". Autoridades instaram o movimento a participar de ngociações de paz.
Sputnik

"O governo afegão está pronto para defender todos os cantos do país, mas mais uma vez convoca os líderes do Talibã a parar a guerra ilegítima e imposta e concordar com o convite incondicional do governo e do povo para as negociações de paz", disse em comunicado citado pela emissora Tolo News.

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O Representante Especial dos EUA para a Reconciliação no Afeganistão, Zalmay Khalilzad, também condenou o anúncio do Talibã na sexta-feira, chamando-o de "imprudente".

O anúncio do Talibã dizia que o grupo iria empreender uma ofensiva na primavera, apesar de estar atualmente negociando um tratado de paz com os EUA. O objetivo da chamada Operação Fath — "vitória" em árabe — é "limpar o Afeganistão da invasão e da corrupção", informou o movimento.

O Talibã surgiu em 1994 no auge de uma guerra civil no Afeganistão. O grupo detinha o poder na maior parte do país entre 1996 e 2001. Durante este período, introduziu a lei islâmica da Sharia, uma interpretação mais radical do Corão.

O grupo foi expulso do poder por uma coalizão liderada pelos EUA em 2001 e desde então vem travando uma guerra contra o governo de Cabul e as forças da OTAN no país e no vizinho, Paquistão.

Segundo o enviado da Rússia ao Afeganistão, os militantes controlam pelo menos 50% do território do Afeganistão e suas fileiras incluem de 3.500 a 10.000 combatentes do Daesh, que realizam regularmente ataques terroristas em todo o país.

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