Israel estaria treinando soldados para melhorarem imagem do país no exterior

Os autores do programa declararam que os workshops não são políticos, visam sim formar uma imagem positiva de Israel no exterior.
Sputnik

Um ex-capitão das forças especiais israelenses lançou a iniciativa de treinar soldados israelenses desmobilizados para atuarem como "embaixadores" durantes as viagens ao exterior, ensinando-os a como falar sobre Israel em outros países, reportou o The Times of Israel.

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"Consideramos que Israel tem o problema de ‘hasbara' e que a maioria das pessoas que lidam com isso são ex-soldados e que eles têm a oportunidade de influenciar positivamente como Israel é visto", afirma o capitão Eyal Biram, utilizando o termo específico ("hasbara") para os esforços de Tel Aviv com vista a divulgar propaganda positiva do país.

"Mais de 400.000 [israelenses] entre 20 e 24 anos de idade viajam para o exterior a cada ano. Este grupo é formado principalmente por ex-soldados. […] Cada um deles é basicamente um embaixador informal de Israel, para o bem e para o mal", completou o capitão.

"Nossos seminários não são políticos. Eles são destinados a ensinar como transmitir uma mensagem através da sua vida pessoal. Não importa se você é de direita, de esquerda, opositor, seja o que for", enfatizou Biram.

Os soldados são treinados a reagir positivamente e a agradecer seus interlocutores por suas perguntas, além de serem encorajados a aproveitar sua experiência em serviço.

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O programa se tornou obrigatório para os soldados israelenses que se preparam para deixar o exército, além disso, eles devem passar por um evento que detalha os benefícios disponíveis para eles no exterior.

Além disso, o Ministério do Exterior e as Forças de Defesa de Israel fornecem uma coleção de vídeos e infográficos sobre Israel e seus conflitos com a Palestina.

O grupo, composto por quatro funcionários em tempo integral e com o apoio de empresas privadas e voluntários, planeja expandir sua cobertura àqueles que prestam o serviço nacional, ao invés do serviço militar, assim como universitários e jovens israelenses que pretendam trabalhar como conselheiros de campo nos EUA, relatou o jornal The Times of Israel.

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