Faraó bíblico teria fundado reino israelense, afirma arqueólogo

Enquanto a palavra "faraó" no contexto bíblico está tradicionalmente associada a antagonistas que escravizaram os israelenses e os mantiveram presos, um faraó pôde ter sido fundamental na criação do antigo reino de Israel.
Sputnik

Segundo a teoria de Israel Finkelstein, arqueólogo bíblico da Universidade de Tel Aviv, o reino israelense pôde ter sido fundado graças aos esforços do faraó egípcio, Sisaque I, que atacou Jerusalém e saqueou a cidade, como diz a Bíblia.

Relevo de Sisaque I na parede externa do Templo de Carnaque, no Egito

Entretanto, a operação de Sisaque não foi meramente predatória, mas, sim, um grande esforço voltado à segurança da hegemonia do Egito sobre Canaã, possivelmente liderando para o faraó e instalando um governante vassalo sobre os habitantes locais com o objetivo de manter o controle, explica Finkelstein.

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O arqueólogo também ressalta que, as pistas sugerem que a criação do reino do norte de Israel foi possivelmente resultado dos esforços políticos de Sisaque.

Uma destas pistas estaria na Bíblia, que liga Sisaque a Jeroboão, que fundou o reino do norte. Além disso, a Septuaginta, versão da Bíblia hebraica traduzida em etapas para o grego koiné, continha versos declarando que Jeroboão se casou com a cunhada de Sisaque, com quem teve um filho posteriormente.

"Cronologicamente isso funciona bem. Teoricamente, Sisaque teria sido aquele que fez Jeroboão seu vassalo", afirmou Finkelstein.

Entretanto, o jornal Haaretz aponta que enquanto algumas evidências arqueológicas indicam essa direção, não há qualquer "prova concreta" sobre a hipótese.

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