Alan García, ex-presidente peruano, comete suicídio antes de ser preso

O ex-presidente peruano, Alan García, morreu em decorrência do ferimento após atirar contra si mesmo durante uma operação policial que pretendia prendê-lo por envolvimento em caso de corrupção ligado à empreiteira brasileira Odebrecht. Após realizar o disparo contra a própria cabeça, García foi levado ao hospital Casimiro Ulloa, mas não resistiu.
Sputnik

Segundo divulgado pela rede de televisão Telesur, o ex-presidente teria sofrido quatro paradas respiratórias durante uma intervenção cirúrgica antes de morrer no hospital na capital peruana, Lima.

O atual presidente do Peru, Martín Vizcarra, publicou no Twitter suas condolências pela morte de Alan García.

Os policiais chegaram à casa de García também com um mandado de busca e apreensão. García teria falado com seus advogados em um cômodo separado da casa e pouco depois, relata o El Comercio, ouviu-se um disparo.

A Justiça do Peru havia determinado a prisão do ex-presidente, acusado de corrupção em caso ligado à Odebrecht na campanha eleitoral de 2006, conforme publicou o periódico peruano El Comercio. A acusação da promotoria aponta que ele teria recebido US$ 100 mil da empreiteira brasileira como pagamento de uma conferência realizada em São Paulo, em 2012. O pagamento pela conferência seria um forma de maquiar a transação ilegal.

Ex-presidente do Peru tem prisão decretada pela Justiça
Alan García Pérez, nascido em 23 de maio de 1949, foi presidente do Peru por dois mandatos, entre 1985 e 1990 e depois entre 2006 e 2011.

Outros três ex-presidentes peruanos também tiveram ordem de prisão decretada anteriormente por envolvimento em corrupção com a Odebrecht. São eles Pedro Pablo Kuczynski, Ollanta Humala e Alejandro Toledo.

Em 2016, informa o El Comercio, a empreiteira brasileira reconheceu ter pagado US$ 29 milhões em subornos no Peru, o que gerou mais de 250 investigados, entre funcionários públicos, empresários e políticos peruanos.
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