O Shkval era uma arma virtualmente desconhecida antes do final da Guerra Fria e só se tornou conhecido nos anos 90. Com um motor de foguete, o torpedo era capaz de alcançar uma velocidade de até 200 nós (370 km/h), conforme a revista The National Interest.
Mas para alcançar essa velocidade, o torpedo precisaria eliminar o grande arrasto causado pela água. Assim, seria necessário encontrar um meio de vaporizar a água líquida em gás. Sendo assim, o torpedo passou a desviar o escapamento quente para sair de seu nariz, transformando a água em vapor.
Com isso, conforme o torpedo avança, a água à sua frente é vaporizada, criando uma fina bolha de gás e, consequentemente, reduzindo em muito o arrasto.
O surgimento do torpedo, que foi criado mais além dos limites do possível, desmascarou a total vulnerabilidade dos grupos de porta-aviões da Marinha norte-americana e influenciou as estratégias e táticas da Marinha russa.
A versão moderna do torpedo não nuclear recebeu diversas melhorias. Além disso, vale destacar que a Rússia é o único país que produz este tipo de arma em massa.
Os EUA tentam desenvolver um torpedo similar desde 1997, mas não conseguiram apresentar exemplares prontos para serviço. Além dos EUA, em 2004 os representantes da empresa alemã Diehl BGT Defence anunciaram o desenvolvimento de um torpedo de supercavitação, o Barracuda, contudo, ele não chegou a ser comercializado.