'Pânico': testemunha conta como sobreviveu a atentado terrorista no Sri Lanka

Bhanuka Harischandra estava um pouco atrasado para sua reunião de domingo. Enquanto um carro o levava para a entrada dos fundos do luxuoso Shangri-La Hotel, na capital Colombo, no Sri Lanka, ele percebeu que algo estava errado.
Sputnik

As pessoas diziam para ele não entrar, não era seguro. Ainda assim, o carro estacionou na frente do hotel e Harischandra viu o resultado da explosão de uma bomba. As pessoas estavam sendo evacuadas, outras sendo arrastadas.

Sangue e ambulâncias estavam por toda parte.

"Foi um estado de pânico", disse o empresário Harischandra. "Eu demorei um tempo pra processar."

Ele decidiu ir ao Cinnamon Grand Hotel, onde achou que seria seguro. Mas logo depois que ele foi deixado no hotel de luxo, ouviu outra bomba explodir.

Agora ele estava sendo evacuado. Fuligem e cinzas mancharam sua camisa. 

Seu carro havia saído, então ele chamou um riquixá motorizado e foi se encontrar com amigos em um café. Eles entraram em contato com outros amigos, tentando localizar seus conhecidos.

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Era cedo demais para pensar no que isso poderia significar.

Ao longo do dia, uma série de bombas explodiu, inclusive em igrejas e hotéis de luxo, matando mais de 200 pessoas. A violência do domingo de Páscoa foi a mais mortal que o país insular do sul da Ásia registrou desde que uma sangrenta guerra civil terminou há uma década.

Muitos cingaleses lembram-se bem do terror da guerra de 26 anos. Mas não Harischandra, que era apenas um adolescente quando o conflito terminou oficialmente.

Nos últimos anos da guerra civil, ela não chagava até Colombo. Os pais de Harischandra não precisavam se preocupar com a segurança. 

Agora todos precisam.

"Para eles, é uma situação um pouco diferente", disse ele. "Eles temem que isso possa iniciar a violência racial".

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Na noite de domingo, ele estava com a família, observando um toque de recolher. Ele disse que havia "muita tensão" no ar, mas também esperava que o pior pudesse ter acabado: haviam passado algumas horas desde a última explosão.

Harischandra ficou animado com o fato de que sua mídia social foi inundada com fotos das filas de pessoas esperando para dar sangue.

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