Desafiando os EUA, liderança europeia se recusa a barrar Huawei 'apenas por ser chinesa'

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que não pretende barrar a empresa de tecnologia chinesa Huawei de fazer negócios na Europa.
Sputnik

Apesar da pressão dos Estados Unidos para que a União Europeia barre a entrada da empresa chinesa, Juncker afirma que a Huawei poderá realizar seus negócios na região desde que mantenha o respeito às regras de mercado.

"Nós não vamos rejeitar alguém apenas por vir de longe, por ser chinesa, as regras têm que ser respeitadas", disse Juncker em uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, na quinta-feira (25).

Quando perguntado sobre sua resposta ao pedido dos EUA para "eliminar" equipamento de empresas de telefonia chinesas da estrutura 5G da Europa, Juncker afirmou:

CIA acusa Huawei de ser financiada por autoridades governamentais chinesas
"A União Europeia e nosso mercado interno são mercados abertos e todos aqueles que respeitarem nossas regras que governam esse mercado interno serão bem vindos".

Em março, o Parlamento Europeu emitiu uma resolução "expressando profunda preocupação" sobre supostas ameaças cibernéticas chinesas. No entanto, uma declaração emitida em seguida pela Comissão Europeia acerca do cibersegurança do 5G não manteve o mesmo tom, pedindo apenas que os países desenvolvessem medidas para combater os riscos de segurança em torno da crescente infraestrutura de 5G.

Os EUA tem pressionado seus aliados para manter a Huawei e outras companhias de telefonia chinesa fora de seus territórios. Para Washington, a empresa poderia realizar atividades de espionagem par o governo chinês.

O governo norte-americano chegou a subir o tom contra a Alemanha, ameaçando retirar sua inteligência do país após o governo alemão se recusar a banir a empresa. O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, chamou a ameaça dos EUA de de "anormal" e "imoral".

Comentar