Segundo o relatório divulgado pelo Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (SIPRI), a Rússia está fora do "top 5" dos países com as maiores despesas militares. Esta é primeira vez desde 2006 que isso acontece. Entre os países que gastam 60% do orçamento militar mundial estão os EUA, China, Arábia Saudita, Índia e França.
"[Quanto à situação na Rússia], penso que há razões não só políticas, mas também econômicas. É óbvio que as dimensões das economias estadunidense e chinesa permitem que eles tenham os orçamentos referidos", opina o editor-chefe.
"Nós [Rússia] não perseguimos tais números. Realmente, ocorreu uma redução do orçamento militar. Eu acho que agora ocorreu uma espécie da estabilização. O programa de rearmamento até 2027 também foi 'ajustado' nos últimos anos", disse Dmitry Kornev e deu um exemplo: "Esperávamos ver várias dezenas de caças PAK FA", mas atualmente estão planejados 20.
Além da redução dos caças PAK FA, ou Su-57, no programa não há novos porta-aviões. Entretanto, o analista pensa que isso não é mau, que a preparação do programa de gastos militares se tornou mais ponderada e racional.
"Não há programas que possam existir segundo o princípio: se podemos fazê-lo, então vamos fazê-lo. Só são executados os programas que são realmente necessários", afirmou o editor-chefe do site MilitaryRussia.ru, Dmitry Kornev.