Analista sobre navios dos EUA perto da China: paranoia e desejo de sufocar economia do país

Dois destróieres norte-americanos passaram pelo estreito de Taiwan, "promovendo a liberdade de navegação" e provocando protestos de Pequim. Cientista político russo comentou a situação.
Sputnik

Mais cedo, a agência Reuters, citando militares de alto escalão da Frota do Pacífico dos EUA, relatou a passagem dos dois navios de guerra William Lawrence e o Stethem pelo estreito de Taiwan, ocasionando protesto de Pequim.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político da Academia de Ciência da Rússia, Konstantin Blokhin, indicou os motivos que os EUA teriam para passar pela região reivindicada pela China.

"Os americanos estão tentando provocar a China de todas as formas. Os Estados Unidos veem à região do mar do Sul da China e às Ilhas Spratly como zona de eventual atrito. Lá, os EUA estão tentando conter as crescentes capacidades da Marinha chinesa", indica.

China teria testado míssil hipersônico antinavio
"A administração Trump está paranoica com a China. Trump se rodeou de pessoas que simplesmente odeiam a China. Os americanos estão interessados não apenas em dissuadir, mas também em estrangular economicamente a China", afirmou o cientista político.

Na opinião dele, visto que "as principais rotas comerciais da China com a Europa, com outros países, passam pelo estreito de Malaca, os estrategistas americanos acreditam que, se bloquear esse estreito, a China não terá a oportunidade de se desenvolver plenamente".

"Mas a China terá outra oportunidade – redirecionar esses caminhos comerciais, ao invés de rotas marítimas, através da Rússia. E isso mostra outra base firme para a cooperação sino-russa", concluiu.

Do que são capazes os maiores cruzadores no mundo?
As relações oficiais entre o governo central da China e a província insular de Taiwan foram interrompidas em 1949, depois que as forças do Kuomintang, lideradas por Chiang Kai-shek, foram vencidas na guerra civil com o Partido Comunista chinês e se mudaram para Taiwan. Negócios e contatos informais entre Taiwan e a China continental só foram retomados no fim dos anos 80.

Desde o início dos anos 90, as partes começaram a entrar em contato através de organizações não governamentais – a Associação para o Desenvolvimento de Relações de Pequim e a Rede de Trocas, usando o estreito de Taiwan.

Comentar