Mais cedo, a agência Reuters, citando militares de alto escalão da Frota do Pacífico dos EUA, relatou a passagem dos dois navios de guerra William Lawrence e o Stethem pelo estreito de Taiwan, ocasionando protesto de Pequim.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político da Academia de Ciência da Rússia, Konstantin Blokhin, indicou os motivos que os EUA teriam para passar pela região reivindicada pela China.
"Os americanos estão tentando provocar a China de todas as formas. Os Estados Unidos veem à região do mar do Sul da China e às Ilhas Spratly como zona de eventual atrito. Lá, os EUA estão tentando conter as crescentes capacidades da Marinha chinesa", indica.
Na opinião dele, visto que "as principais rotas comerciais da China com a Europa, com outros países, passam pelo estreito de Malaca, os estrategistas americanos acreditam que, se bloquear esse estreito, a China não terá a oportunidade de se desenvolver plenamente".
"Mas a China terá outra oportunidade – redirecionar esses caminhos comerciais, ao invés de rotas marítimas, através da Rússia. E isso mostra outra base firme para a cooperação sino-russa", concluiu.
Desde o início dos anos 90, as partes começaram a entrar em contato através de organizações não governamentais – a Associação para o Desenvolvimento de Relações de Pequim e a Rede de Trocas, usando o estreito de Taiwan.