A China pretende converter o ponto mais alto da Antártica em uma área especial para "pesquisa científica e proteção ambiental" e assegura estar aberta a colaborar com outras nações, escreveu Stephen Chen no South China Morning Post.
Conforme afirmou o Ministério das Relações Exteriores da China, Pequim decidiu garantir que o Dome A — a cúpula de gelo mais alta do Planalto Antártico, onde o gigante asiático está mais presente do que qualquer outro país, seja uma região protegida ou Zona Antártica Especialmente Protegida (ASPA, na sigla em inglês).
Seis outros países com bases similares no continente são Rússia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, França e Itália, enquanto 20 — quase todos os membros do Tratado da Antártica, assinado por 54 nações, estão presentes no continente gelado, mas a maioria deles possui instalações nas ilhas.
Desacordos entre China e EUA
Nos últimos anos, a China está cada vez mais ativa na Antártica. Há uma década, construiu a estação Kunlun, onde instalou telescópios para realizar observações astronômicas e controlar lixo espacial.
Enquanto os chineses construíram um aeródromo, duas estações permanentes — a Grande Muralha e Zhongshan — e as instalações temporárias de Kunlun e Taishan, os americanos também se expandiram na região, onde ambos os lados estenderam competição pelo Polo Sul.