Para Thomas Shugart e Javier González, ambos comandantes da Marinha, que redigiram o relatório divulgado pelo Centro para uma Nova Segurança Americana (CNAS), a maior ameaça para os interesses vitais dos EUA na Ásia pode ser algo que tenha recebido pouca atenção: o crescimento da capacidade do poder dos mísseis chineses contra as bases norte-americanas na região.
Além disso, o relatório indica que os chineses poderiam utilizar seus mísseis em um ataque preventivo contra as bases militares norte-americanas na região com o objetivo de impedir a intervenção dos EUA em um eventual conflito sobre Taiwan ou as ilhas Senkaku.
Com seu alto grau de desenvolvimento, os chineses transformaram seu 2º Corpo de Artilharia, que era sobretudo uma força nuclear, em uma força que consiste de mísseis nucleares e convencionais de precisão, ou seja, balísticos e de cruzeiro. A China também conta com vantagens assimétricas, como o baixo custo de produção e a geografia.
Hoje, a China possui o maior arsenal de mísseis terrestres do mundo, conforme indica o Pentágono, destacando que grande parte desses mísseis são extremamente precisos e capazes de destruir alvos mesmo sem ogivas nucleares, conforme a revista The National Interest.
Segundo um relatório da Rand Corporation, as “probabilidades de erro circular dos mísseis chineses diminuíram de centenas de metros na década de 90 para apenas cinco ou dez metros hoje”.
Muitos deles são extremamente precisos, o que lhes permitiria destruir alvos mesmo sem ogivas nucleares. Como observou um relatório da Rand Corporation, as "probabilidades de erros circulares dos mísseis chineses diminuíram de centenas de metros na década de 1990 para apenas cinco ou dez metros hoje".
Os especialistas analisaram as capacidades e doutrinas chinesas, simulando um ataque chinês, com o objetivo de avaliar sua eficácia, chegando à conclusão que os mísseis balísticos chineses causariam danos altamente significativos às bases e forças dos EUA na região.
Por sua vez, os EUA possuem um maior poder de combate em suas bases estacionárias na Ásia do que em porta-aviões, e esses alvos estacionários podem ser facilmente destruídos, aponta o relatório.