Mídia revela como EUA perderam oportunidade de conquistar confiança dos militares venezuelanos

As autoridades dos EUA teriam podido obter apoio dos militares de alta potente venezuelanos se há dois anos tivessem prestado ajuda a um dos generais da Venezuela, informou a agência Associated Press.
Sputnik

Segundo a Associated Press, em maio de 2017, a Casa Branca recebeu um pedido incomum: o comandante da guarda presidencial e da contrainteligência venezuelanas, Ivan Hernández, solicitou um visto estadunidense. Hernández queria mandar seu filho de três anos para Boston para fazer uma cirurgia cerebral em um dos hospitais e precisava de vistos para sua família.

Depois de vários dias de debates internos, o governo de Trump decidiu rejeitar o pedido, não vendo nenhum sentido "em ajudar um alto funcionário de um governo socialista que eles [os EUA] consideravam corrupto e agressivo".

Segundo fontes citadas pela agência, se há dois anos as autoridades americanas tivessem aprovado o pedido de Hernández, hoje ele poderia ficar ao lado do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, apoiado por Washington.

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Atualmente, Hernández, bem como o ministro da Defesa do país Vladimir Padrino Lopez e o presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Maikel Moreno, continuam apoiando Nicolás Maduro.

Em 30 de abril, o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, lançou a chamada Operação Liberdade para retirar Nicolás Maduro do poder. Em um vídeo publicado no Twitter, Guaidó aparece ao lado de militares e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e foi libertado pelos rebeldes, na base aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó pede uma "luta não violenta", diz ter os militares do seu lado e afirma que "o momento é agora".

Segundo o ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, as Forças Armadas da Venezuela continuam sendo completamente fiéis às autoridades legítimas.

A Venezuela tem lidado com uma grave crise política, com o líder da oposição, Juan Guaidó, proclamando-se presidente interino do país em 23 de janeiro.

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