Vice-ministro: Irã vende petróleo em 'mercado cinza' para combater as sanções dos EUA

O Irã usará todos os recursos à sua disposição para vender petróleo nos chamados mercados globais, segundo um vice-ministro.
Sputnik

Teerã usará de  todos os recursos disponíveis para vender petróleo nos mercados globais como um meio de contornar o que a nação descreve como "sanções ilegítimas e ilegais pelos EUA", declarou o vice-ministro do Petróleo, Amir Hossein Zamaninia.

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Após a retirada dos Estados Unidos do popularmente conhecido "acordo nuclear iraniano" (JCPOA), Donald Trump pediu aos países compradores de petróleo em todo o mundo que parassem de fazer negócios com Teerã até 1º de maio ou poderiam enfrentar sanções. 

Teerã, no entanto, anunciou que continuará a vender sua produção de petróleo, independentemente das sanções dos EUA.

"Mobilizamos todos os recursos do país e estamos vendendo petróleo no 'mercado cinza'", observou Zamaninia, de Teerã, citado pela agência estatal de notícias IRNA.

O vice-ministro não ofereceu detalhes sobre tais vendas no "mercado cinza". Nos últimos dez anos, o Teerã vinha comercializando petróleo a preços bem abaixo dos padrões globais, usando empresas privadas pouco conhecidas para facilitar acordos discretamente executados, segundo a Reuters.

"Certamente não venderemos 2,5 milhões de barris por dia como no momento de assinatura [do JCPOA em 2015]", observou Zamaninia. O vice-ministro do Petróleo recusou-se a fornecer números recentes de exportações, mas observou que Teerã iria adotar uma política agressiva de comercialização. "Vamos precisar tomar decisões sérias sobre nossa gestão financeira e econômica, e o governo está trabalhando nisso", completou.

"Não é contrabando", acrescentou. "É combater sanções que não avaliamos justas ou legítimas".

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