Segundo o comunicado publicado neste sábado (4), o local do enterro contém túmulos de vários períodos, sendo que o mais antigo contém restos mortais de dois homens que viveram durante o chamado Reino Antigo ou a idade dos construtores das pirâmides.
De acordo com as inscrições dentro dos túmulos, um dos homens se chamava Behnui-Ka, ele tinha sete títulos, incluindo o de sacerdote e de juiz. O outro se chamava Nwi, também conhecido como "chefe do grande Estado" e "purificador" do rei Khafre — o faraó que ordenou a construção de uma das Pirâmides de Gizé.
Pesquisadores disseram que os sacerdotes achados datam da V dinastia (2500-2350 a.C.).
"As duas portas falsas que encontramos no interior são realmente de uma qualidade muito boa de calcário. Para obter uma qualidade muito boa de calcário que veio de Tora, você precisa obter a permissão do próprio rei, e eu acredito que esses caras tinham títulos muito bons para poder pedir ao rei este calcário de boa qualidade", disse Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio.
Arqueólogos acreditam que seus restos mumificados poderão ser encontrados nos sarcófagos e sugerem que algumas estátuas e máscaras retratam eles mesmos e seus familiares.
"Os sarcófagos estão em perfeitas condições porque estavam bem pintados, bem coloridos e bem decorados. Vamos exibi-los em nossos museus egípcios, como os de Sharm El-Sheikh e Hurgada", anunciou Waziri, depois da visita ao sítio arqueológico.