Embora preocupações relacionadas à segurança sejam quase unânimes no que diz respeito ao uso da telefonia móvel chinesa, autoridades do governo indiano citaram os exemplos do Reino Unido e da Alemanha em sua decisão de também rejeitar a demanda de Washington, informou o jornal The Economic Times.
A Huawei está confiante de que será capaz de atender aos critérios prescritos para participação nos testes 5G. A empresa admite esperar que uma decisão seja tomada somente após a conclusão das eleições gerais na Índia, informou o jornal.
"Nossos equipamentos estão em conformidade com os padrões e testes internacionais e estamos prontos para cumprir todas as regulamentações e testes do governo na Índia", disse uma autoridade sênior da Huawei Índia ao jornal indiano.
Nos últimos meses, os EUA vêm tentando pressionar outras nações a não usar redes sem fio de quinta geração, ou 5G, da Huawei. Os alertas se baseiam nas preocupações de Washington de que a Huawei e outras empresas de telecomunicações chinesas sejam uma ameaça significativa à segurança, dado o controle de Pequim sobre a indústria de telefonia móvel, informou o New York Times.
Funcionários do governo Trump apontaram que as novas leis chinesas de segurança exigem que a Huawei e outras empresas forneçam informações a agências de inteligência. Isso, dizem os americanos, poderia permitir que a China tenha acesso a grandes quantidades de dados e até mesmo permite que Pequim espione empresas, indivíduos e governos. A Huawei, no entanto, rejeita essa premissa.
Os Estados Unidos buscam outras formas de conter a expansão global da Huawei, possivelmente restringindo as empresas americanas de fornecer componentes essenciais à gigante chinesa que possam ser necessários para construir redes 5G em todo o mundo, informou o The New York Times.