Presidente eleito da Ucrânia considera entrada na UE e na OTAN um caminho 'sem volta'

A intenção da Ucrânia de aderir à União Europeia (UE) não tem alternativa, declarou o presidente eleito da Ucrânia, Vladimir Zelensky, após uma reunião com o Comissário para a Política Europeia de Vizinhança e Negociações de Ampliação, Johannes Hahn.
Sputnik

"Nossa eleição europeia é inquestionável, e eu, como garantidor da Constituição, defenderei o caminho escolhido pelos ucranianos nas eleições", afirmou Zelensky ao seu serviço de imprensa.

O mesmo comunicado revelou que o conflito no Donbass foi abordado durante o encontro. "Nosso objetivo é cessar fogo", acrescentou Zelensky.

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Zelensky ganhou as eleições presidenciais, alcançando 73,22% do apoio no segundo turno, que foi realizado em 21 de abril, ante 24,45% do então presidente Pyotr Poroshenko.

A Ucrânia renunciou em dezembro de 2014 ao estatuto de país não alinhado e, em 2018, declarou-se membro da Aliança Atlântica como um objetivo da sua política externa.

Em fevereiro passado, Poroshenko promulgou a lei sobre as mudanças na Constituição que consagram a política do país de aderir à OTAN e à UE.

Entretanto, o Comissário Europeu para as Políticas Europeias de Vizinhança e Negociações de Alargamento disse que considera "irreal" a entrada da Ucrânia em breve.

Em suas redes sociais, Hahn expressou confiança na capacidade do futuro chefe de Estado de combater o domínio dos oligarcas na Ucrânia.

"Hoje felicitei Vladimir Zelensky pessoalmente em Kiev por sua impressionante vitória para se tornar presidente da Ucrânia, o que lhe dá um forte mandato para lutar contra a corrupção e pela 'anti-oligarquia'", escreveu Hahn após a reunião.

O comissário também ofereceu a Zelensky o apoio total do bloco a todas as reformas nacionais em potencial diante de inúmeras ameaças e desafios.

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"Isto significa assegurar que, no atual período de transição antes de eleições presidenciais urgentes, reformas não sejam estagnadas, mas aceleradas para assegurar estabilidade financeira e econômica (incluindo a garantia de apoio financeiro internacional e energia). Não há tempo a perder", acrescentou Hahn.

A Ucrânia há muito se esforça para se juntar à União Europeia e à OTAN, e se distanciar da Rússia. A recusa do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych em assinar um Acordo de Associação com Bruxelas provocou protestos em massa em Kiev em 2014 e acabou levando à mudança de poder no país.

Atualmente, as autoridades ucranianas estão reformando suas Forças Armadas para adaptá-las às normas da OTAN e Kiev espera alcançar a completa compatibilidade com o bloco para 2020.

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