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Regulamentação de jogos no Brasil pode movimentar R$ 150 bilhões por ano, diz especialista

Nesta última quarta-feira (8) foi lançada na Câmara dos Deputados uma frente parlamentar tem como objetivo aprovar o projeto de lei que cria um marco regulatório para os jogos de azar no Brasil (PL 442/91).
Sputnik

Em entrevista à Sputnik Brasil, Pedro Trengrouse, coordenador Acadêmico do Programa Executivo FGV / FIFA / CIES, estima que o segmento movimente mais de R$ 150 bilhões por ano.

"Representa uma oportunidade de geração de emprego e renda significativa, a estimativa é que o mercado de jogos pode movimentar no Brasil mais de 150 bilhões de reais por ano, gerando milhões de empregos", afirmou.

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A frente parlamentar já conta com 198 deputados e 5 senadores. Para o coordenador da frente, deputado Bacelar (Pode-BA),  o segmento dos jogos pode gerar 650 mil empregos direitos e 600 mil indiretos.

"Só nos Estados Unidos, essa indústria gera mais de 2 milhões de empregos. A gente está falando aqui de algo que tem sim condições de tratar um dos graves problemas do país atualmente, que é o desemprego, e também tem condições de contribuir significativamente para melhorar o PIB nacional", disse Pedro Trengrouse.

A proposta defendida pela frente parlamentar, que regulamenta jogos de azar no Brasil, já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara em 2016 e está pronta para votação no Plenário.

Em 2018, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado rejeitou um projeto que legalizava os jogos de azar.

Para Pedro Trengrouse, não há justificativa para não se regulamentar os jogos.

"Não há nenhum argumento, sequer para a proibição, nos anos 40, quando o jogo foi proibido no Brasil, não houve discussão nenhuma com o Congresso Nacional. Foi um decreto lei, ainda na vigência da Constituição da Ditadura do Estado Novo", completou.

A proibição da prática dos jogos de aposta vem desde 1946 em um decreto assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra sob o argumento de que o jogo é degradante para o ser humano.

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