Guaidó declara que poderia aceitar intervenção militar dos EUA na Venezuela

O opositor e o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, declarou que poderia aceitar uma intervenção militar dos EUA na Venezuela se isso ajudar a resolver a crise no país.
Sputnik

"Se os americanos propusessem uma intervenção militar, eu provavelmente aceitaria", disse Guaidó em uma entrevista ao jornal italiano La Stampa.

Guaidó não excluiu que as autoridades opositoras da Venezuela poderiam recorrer à norma constitucional que prevê a intervenção militar externa.

Segundo o opositor, atualmente as únicas subunidades militares estrangeiras que estão presentes na Venezuela são os militares de Cuba, que apoia o presidente legitimo Nicolás Maduro.

A crise na Venezuela se agravou em 30 de abril, quando o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, lançou a chamada Operação Liberdade para retirar Nicolás Maduro do poder. Em um vídeo publicado no Twitter, Guaidó aparece ao lado de militares e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e foi libertado pelos rebeldes, na base aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó pediu uma "luta não violenta", disse ter os militares do seu lado e afirmou que "o momento é agora".

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Segundo o ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, as Forças Armadas da Venezuela continuam sendo completamente fiéis às autoridades legítimas.

A Venezuela tem lidado com uma grave crise política, com o líder da oposição, Juan Guaidó, proclamando-se presidente interino do país em 23 de janeiro.

Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país.

A Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos venezuelanos.

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