Mike Pompeo fez notar que ele vê ameaças crescentes da parte do Irã e que a administração de Donald Trump está reforçando a capacidade de resposta a qualquer tipo de ações ofensivas por parte deste país. Foi por essa razão que os EUA decidiram deslocar um grupo naval liderado por um porta-aviões e uma força-tarefa de bombardeiros, segundo Pompeo.
Ao mesmo tempo, Pompeo afirmou que, apesar de uma maior presença militar dos EUA no Oriente Médio, Washington não está à procura de um conflito armado.
"Nosso objetivo não é a guerra, nosso objetivo é fazer mudar o comportamento da liderança iraniana. Esperamos que o povo iraniano obtenha aquilo que quer e o que tanto merece, frisou Pompeo. As forças que estamos a deslocar para a região e as que tínhamos lá antes — sabe que temos muitas vezes porta-aviões no golfo Pérsico —, mas o presidente quer ter a certeza de que, no caso de algo acontecer, estaremos preparados para responder de forma adequada''.
O secretário do Estado também enfatizou ter também preparado uma abordagem diplomática para que Trump tenha escolhas "no caso de os iranianos tomarem uma má decisão.''
No entanto, uma solução diplomática aparentemente não é a única opção.
"Um ataque aos interesses americanos por parte de uma força liderada pelo Irã, seja ela própria iraniana ou uma entidade controlada pelos iranianos, [significa que] essa força será responsabilizada. Trump foi muito claro quanto a isso. A nossa resposta será adequada. O Irã é a maior influência desestabilizadora no Oriente Médio e nosso objetivo é corrigir isso.
"É claro que queremos uma solução diplomática pacífica para cada um dos conflitos que abordamos hoje", disse Pompeo à CNBC. "Faz todo o sentido".
Washington tem realizado uma campanha de pressão contra Irã nos últimos meses.
Os Estados Unidos enviaram o porta-aviões USS Abraham Lincoln e uma força-tarefa de bombardeiros estratégicos B-52 para a zona da costa do Irã. Segundo assessor de segurança dos EUA, John Bolton, o objetivo desta medida é enviar "uma mensagem clara e inequívoca" a Teerã.
No mês passado, Donald Trump classificou o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) como organização terrorista. Em resposta, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã também designou o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) como organização terrorista.