Recentemente, na mídia russa começaram a aparecer informações sobre o projeto de porta-aviões polivalente 23000E, denominado de Shtorm ("tormenta", em português). Este projeto pode ser considerado o possível sucessor do único porta-aviões atualmente em serviço da Marinha russa, o Admiral Kuznetsov.
Em comentário à Sputnik, o analista militar russo Konstantin Sivkov indicou de quantos porta-aviões a Rússia precisa para proteger seus interesses no mundo.
Na opinião dele, o país deveria ter pelo menos dois porta-aviões em cada uma de suas frotas. Atualmente, a Marinha russa é composta por quatro frotas: do Báltico, do Mar Negro, do Norte e do Pacífico.
Ao mesmo tempo, ele sublinhou que os porta-aviões devem ter o nível de desenvolvimento comprável com seus concorrentes americanos.Em outras palavras, eles devem possuir um deslocamento de cerca de 100.000 toneladas e serem capazes de posicionar um grupo de cerca de 100 aeronaves a bordo, destacou.
Segundo comunicam algumas fontes militares, o deslocamento dos navios da nova classe será entre 70.000 e 100.000 toneladas.
Neste sentido, o novo porta-aviões em suas características será equivalente à maioria dos porta-aviões estadunidenses.
"Outro requisito importante é dispor de um avançado sistema de defesa antiaérea, que é crucial para a sobrevivência do porta-aviões em um combate naval, e a lista de necessidades também inclui um avançado sistema de navegação", disse.
Os planos atuais indicam que o navio será de propulsão nuclear, o que aumentará significativamente sua autonomia e duração de suas operações.
"Mas o porta-aviões movido a energia nuclear também tem suas desvantagens: no caso de combate naval, o reator pode ser danificado por um míssil de cruzeiro antinavio e, se isso acontecer, o Shtorm pode se tornar um 'Hiroshima flutuante'", enfatizou.
Ademais, Sivkov está cético de que o novo navio de guerra entre em serviço no curto prazo.
Prevê-se que o assentamento de quilha possa ocorrer entre 2024 e 2030, enquanto a construção pode durar, segundo diferentes estimativas, entre seis e nove anos.