Senhores dos mares: como será frota de novos porta-aviões nucleares da Marinha russa?

Os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento do primeiro porta-aviões nuclear de produção russa começarão em 2023 e também farão parte do programa nacional de compras de armas até 2027. Em comentário à Sputnik, o especialista militar Konstantin Sivkov revelou como poderia ser a frota de novos porta-aviões russos.
Sputnik

Recentemente, na mídia russa começaram a aparecer informações sobre o projeto de porta-aviões polivalente 23000E, denominado de Shtorm ("tormenta", em português). Este projeto pode ser considerado o possível sucessor do único porta-aviões atualmente em serviço da Marinha russa, o Admiral Kuznetsov.

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Apresentado pela primeira vez em 2013, o Shtorm está atualmente na fase de projeto. No entanto, de acordo com declarações de políticos russos, o país não se limitará à construção de mais um porta-aviões, mas planeja a produção em série. Em particular, o primeiro vice-presidente do Comitê de Defesa e do Conselho de Segurança da Federação, Frants Klintsevich, afirmou que a Rússia vai começar "a produção de seis porta-aviões".

Em comentário à Sputnik, o analista militar russo Konstantin Sivkov indicou de quantos porta-aviões a Rússia precisa para proteger seus interesses no mundo.

Na opinião dele, o país deveria ter pelo menos dois porta-aviões em cada uma de suas frotas. Atualmente, a Marinha russa é composta por quatro frotas: do Báltico, do Mar Negro, do Norte e do Pacífico.

Ao mesmo tempo, ele sublinhou que os porta-aviões devem ter o nível de desenvolvimento comprável com seus concorrentes americanos.Em outras palavras, eles devem possuir um deslocamento de cerca de 100.000 toneladas e serem capazes de posicionar um grupo de cerca de 100 aeronaves a bordo, destacou.

Segundo comunicam algumas fontes militares, o deslocamento dos navios da nova classe será entre 70.000 e 100.000 toneladas.

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Além disso, espera-se que os novos porta-aviões transportem a bordo até 90 aeronaves de diferentes tipos, incluindo os modernos caças Su-57 de quinta geração e os caças MiG-29K da geração 4+.

Neste sentido, o novo porta-aviões em suas características será equivalente à maioria dos porta-aviões estadunidenses.

"Outro requisito importante é dispor de um avançado sistema de defesa antiaérea, que é crucial para a sobrevivência do porta-aviões em um combate naval, e a lista de necessidades também inclui um avançado sistema de navegação", disse.

Os planos atuais indicam que o navio será de propulsão nuclear, o que aumentará significativamente sua autonomia e duração de suas operações.

"Mas o porta-aviões movido a energia nuclear também tem suas desvantagens: no caso de combate naval, o reator pode ser danificado por um míssil de cruzeiro antinavio e, se isso acontecer, o Shtorm pode se tornar um 'Hiroshima flutuante'", enfatizou.

Ademais, Sivkov está cético de que o novo navio de guerra entre em serviço no curto prazo.

Prevê-se que o assentamento de quilha possa ocorrer entre 2024 e 2030, enquanto a construção pode durar, segundo diferentes estimativas, entre seis e nove anos.

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