Os manifestantes se reuniram em frente à embaixada venezuelana e depois marcharam até a Casa Branca, onde vários militantes condenaram as ações do governo dos EUA pela violação da embaixada de uma nação soberana.
Para os manifestantes, a medida viola o direito internacional e representa um precedente perigoso, pois coloca em risco instalações diplomáticas em todo o mundo, incluindo as dos Estados Unidos.
"Estamos aqui hoje em frente à Casa Branca, tnedo marchado da embaixada venezuelana, para deixar [o presidente dos EUA] Donald Trump […] e [o autoproclamado presidente interino] Juan Guaidó saberem que não estamos desistindo dessa luta", disse à Sputnik o ativista Adrienne Pine, uma das quatro pessoas presas na embaixada que foram libertadas na sexta-feira (17), disse ao Sputnik.
"Podemos não estar na embaixada, pois temos uma ordem de ficar a 30 metros de lá. Mas continuaremos lutando com toda a nossa solidariedade, força e amor para garantir que os Estados Unidos não realizem mais um golpe na América Latina", acrescentou.
A marcha foi pacífica em todos os momentos, com uma pequena exceção de uma tentativa dos partidários da oposição venezuelana de impedir que alguns dos manifestantes entregassem panfletos para as pessoas nas ruas.
Kevin Zeese, outro ativista preso que foi libertado na sexta-feira (17), disse à Sputnik que a proteção de dentro da embaixada terminou, mas que a campanha para impedir o golpe dos EUA na Venezuela e impedir o imperialismo dos EUA está apenas começando.
Para Zesse, o movimento crescerá e será ponto importante para as próximas eleições.
Os ativistas ocupavam o prédio há quase um mês como convidados do governo venezuelano para proteger as instalações do governo dos EUA e dos representantes do líder da oposição, Juan Guaidó.
O governo dos EUA já havia ordenado que todo o corpo diplomático venezuelano deixasse a embaixada em 24 de abril.
Na sexta-feira (17), um juiz dos EUA ordenou a libertação dos quatro ativistas, com a condição de que eles permanecessem a uma distância de pelo menos 30 metros da embaixada da Venezuela e se apresentassem ao tribunal semanalmente, além de não viajarem ao exterior sem permissão.