"O naufrágio teve menos a ver com uma deterioração do submarino e mais com a falta de transmissão intergeracional da experiência adquirida. O atraso do país não é grátis para ninguém, já que todos sofrem. As Forças Armadas têm tido longos períodos sem treinamento e sem capacitação", disse o ministro em declarações à rádio La Brujula.
Aguad apontou para uma "falta de treinamento" e "renovação de capacidades" entre os marinheiros que estavam no submersível, se referindo a dados periciais obtidos, segundo ele, durante a investigação do acidente.
Aguar descartou falhas na estrutura da embarcação.
As declarações do ministro não demoraram a causar reação não somente entre os usuários, mas também entre os familiares das vítimas.
As famílias foram as primeiras a criticar o ministro e a chamar suas declarações de "vergonhosas". Além disso, ex-funcionários do governo, como José Gómez Centurión, chamaram as conjeturas de "ignorância".
"Estou muito indignada e magoada porque cada uma das famílias conhece, além da dor que sofre, a inoperância e a forma como o ministro se comportou durante a busca do navio, até este ser encontrado", disse à Sputnik Mundo Marcela Moyano, esposa do falecido suboficial Hernán Rodríguez.
Marta Vallejos, irmã do segundo suboficial César Óscar Vallejos, também comentou as palavras de Aguad.
"Estamos falando de 44 submarinistas com mais de 20 anos de experiência em sua profissão, não é para questionar sua capacitação para manejar uma arma de guerra", disse.
"Foi uma falta de respeito, além de ser mentira, o que Aguad diz", disse Luis Tagliapietra, pai do tenente Alejandro Damián Tagliapietra.