Os organizadores do 64º Festival Eurovisão da Canção alertaram que os participantes da Islândia podem ser punidos por “exibir brevemente” uma bandeira palestina durante a transmissão ao vivo da grande final do evento, que aconteceu ontem em Tel-Aviv.
Faixas com as cores da bandeira palestina foram exibidos por membros do Hatari, um trio punk islandês, no momento em que sua pontuação no televoto era anunciada. A banda terminou a competição na décima posição.
“O Festival Eurovisão da Canção não é um evento político e isso contradiz diretamente as regras do concurso. As bandeiras foram rapidamente removidas e as consequências dessa ação serão discutidas pelo Grupo de Referência (o conselho executivo da Eurovisão) após o Concurso”, disseram os organizadores em um comunicado.
O grupo Hatari é apoiador da tática conhecida como BDS (boicote, desenvestimento e sanções) a Israel e chegou a desafiar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a uma "partida amistosa" de luta livre.
Os organizadores da Eurovisão disseram que o protesto da cantora “não fazia parte dos ensaios acordados com a EBU [União Europeia de Radiodifusão, dona do formato] e a emissora anfitriã KAN”. Eles também ressaltaram que Madonna "foi informada" do fato de que "o Festival Eurovisão da Canção é um evento não-político".
Desde a vitória de Israel na edição realizada em Lisboa no ano passado, grupos pró-palestinos conclamaram Madonna e outras estrelas convidadas a não participarem do concurso Eurovisão. Tradicionalmente, o vencedor leva para seu país o evento.
Em 2019, o troféu foi outorgado ao holandês Duncan Laurence, encerrando um jejum de vitórias que durou 44 anos ao país. Em segundo lugar ficou o italiano Mahmood, seguido da estrela russa, Sergei Lazarev.