Neste sábado, foi realizada uma simulação com cerca de 1,6 mil pessoas, 26,75% das mais de 6 mil pessoas que eram esperadas. Essa foi a segunda simulação de evacuação na cidade.
Segundo o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), a barragem pode se romper entre este domingo (19) e dia 25 de maio. O MP recomendou que Vale adotasse imediatamente uma série de medidas para deixar claro à população de Barão de Cocais os riscos de rompimento da barragem de mineração Sul Superior, da Mina de Gongo Soco. O MP acrescentou que a mineradora não apresentou o estudo dos impactos relacionados ao eventual rompimento das estruturas da Mina de Gongo Soco.
De acordo com a Defesa Civil a retirada das pessoas, no caso da evacuação, será feita por meio dos veículos fornecidos pela Vale.
A mineradora iniciou na última quinta-feira a construção de uma contenção de concreto. Em nota, a Vale informou que iniciou a terraplenagem para a construção da barreira, a 6 quilômetros da barragem.
"Além dessa estrutura que, após concluída, fará a retenção de grande parte do volume de rejeitos da barragem Sul Superior em caso de rompimento, a Vale está realizando intervenções de terraplenagem, contenções com telas metálicas e posicionamento de blocos de granito. Essa obra atuará como barreira física no sentido de reduzir a velocidade de avanço de uma possível mancha, contendo o espalhamento do material a uma área mais restrita", explicou a mineradora.
Barão de Cocais é o município com o maior número de casas evacuadas. A evacuação teve início no dia 8 de fevereiro quando a barragem Sul Superior atingiu o nível 2 e as famílias foram levadas para quartos de pousadas e hotéis custeados pela Vale. Em 22 de março, a barragem Sul Superior se tornou a primeira a atingir o nível 3, que é considerado o alerta máximo e significa risco iminente de rompimento. Desde a tragédia de Brumadinho, quatro barragens da Vale em Minas Gerais alcançaram esse alerta máximo, informou Agência Brasil.