Em seu artigo para o Washington Examiner, Tom Rogan explica que a estratégia de segurança de Tel Aviv em relação ao Irã é baseada em fazê-lo entender constantemente a "superioridade dissuasiva israelense". "Israel se assegura que o Irã sabe que qualquer ameaça crítica que represente para Israel levará a uma ameaça israelense muito maior para o Irã", disse o analista.
Por outro lado, o "establishment" de segurança israelense reconhece que "uma luta violenta" contra Teerã implicaria "enormes riscos", sublinha o autor.
Nesse sentido, o analista adverte que, em caso de uma guerra entre os EUA e o Irã, os israelenses enfrentariam "um bombardeio de mísseis balísticos iranianos, possivelmente (embora pouco provável) armados com ogivas habilitadas para agentes químicos".
Finalmente, o especialista sublinha que os governos israelenses "estão vinculados por um mandato democrático para proteger o povo de Israel e sua prosperidade", enquanto também dependem de coalizões.
Neste contexto, "embora a política israelense se unifique contra o Irã em uma guerra", qualquer "esforço injustificado" de um primeiro-ministro israelense para se arriscar a uma guerra com Teerã poria seu governo em risco. Em meio a isso, a construção de coalizões "raramente é uma tarefa fácil em Israel", sublinhou Rogan, lembrando que "Netanyahu ainda não construiu seu governo depois das eleições de abril".
As tensões na região se agravaram depois que os EUA decidiram reforçar no golfo Pérsico seu contingente militar, enviando ali vários navios de guerra e bombardeiros estratégicos B-52 com o objetivo de enviar "uma mensagem clara e inequívoca" a Teerã.