Em entrevista à Sputnik Mundo, Javier Couso, deputado ao Parlamento Europeu, comentou a possibilidade de tal intervenção e do envolvimento nela do Brasil e da Colômbia.
"Ultimamente os EUA têm sido um poder em decadência, vimos isso em uma demonstração de força com o Iraque e não podiam nem controlar o país. Interviram com 100.000 soldados, mas não o puderam controlar em nenhum momento. Agora imagina com a Venezuela. Eles querem fazê-lo com uma dupla tenaz: Brasil e Colômbia."
Ele indicou que os militares no Brasil, por meio do "golpe seco" ao presidente da República, deixaram claro que os EUA não poderiam utilizar o território do país para invadir o vizinho sul-americano.
"No Brasil o setor militar, através do que foi denominado um 'golpe seco' a Bolsonaro, disse claramente aos EUA que não vai proporcionar seu território para invadir a Venezuela. Além disso, a Colômbia vive um momento de reativação da insurgência pelo fracasso quase total do Processo de Paz, com o que teriam uma retaguarda muito quente caso entrem por aí", disse o eurodeputado espanhol.
"O Exército colombiano não está preparado para enfrentar um exército moderno. De fato, os meios aéreos não têm comparação com o poder aéreo e antiaéreo da Venezuela", comentou Couso, acrescentado que os sistemas de armas venezuelanos, além da orografia, beneficiariam Caracas contra os EUA.
"Em qualquer caso, essa ameaça é intolerável no palco internacional, e eu creio que os EUA estão assumindo que estão perdendo e, por isso, estão criando outra vez tensões contra a UE e contra a China, aumentando sua tensão contra o Irã", ressaltou.