Pequim acusa Marinha dos EUA de provocação no mar do Sul da China em meio à guerra comercial

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, acusou os EUA de violarem a soberania chinesa após um destróier dos EUA ter entrado no mar do Sul da China em meio às tensões comerciais entre as duas maiores economias no mundo.
Sputnik

Segundo Lu Kang, navios do Exército de Libertação Popular identificaram o destróier e emitiram um aviso de alerta. "Tenho de sublinhar que as ações da embarcação americana violam a soberania da China, ameaçam a paz, a segurança e a ordem nas águas em questão".

Pequim condenou o ato e expressou um veemente protesto a esse respeito, acrescentou o porta-voz.

"Os Estados Unidos ignoram a vontade dos países da região de manter a paz e a estabilidade no mar do Sul da China. Eles reivindicam o direito à liberdade de navegação marítima e aérea como pretexto para colocar em perigo a paz e a estabilidade na região", declarou a chancelaria chinesa.

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"Instamos vivamente os EUA a porem fim a essas provocações. A China vai continuar a adotar todas as medidas necessárias para proteger a sua soberania nacional e segurança, bem como manter a paz e a estabilidade no mar do Sul da China", declarou.

Hoje de manhã, os EUA informaram que o destróier de mísseis USS Preble navegou perto do recife de Scarborough, disputado por Pequim.

"O Preble navegou a uma distância de 12 milhas náuticas do recife de Scarborough para contestar as demandas marítimas excessivas e preservar o acesso às vias navegáveis, que é regido pelo direito internacional", disse à Reuters o comandante Clay Doss, porta-voz da Sétima Frota.

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Pequim tem acusado repetidamente os EUA de realizarem provocações no mar do Sul da China e alertou o país contra o envio de navios e aviões militares para perto das ilhas e recifes reivindicados pela China. Os EUA enviam frequentemente navios de guerra através do mar do Sul da China, uma hidrovia estratégica, como parte do que Washington chama de "liberdade de navegação".

Pequim, que reivindica 90% do mar do Sul da China, advertiu Washington contra "ações que minam a soberania da China". Pequim controla agora a grande maioria das ilhas e recifes na área, o que também é reivindicado pelas Filipinas, Vietnã, Brunei, Malásia e Taiwan.

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