A zona de transição é uma parte do manto terrestre que fica entre manto inferior e superior, em uma profundidade entre 410 e 660 quilômetros, com cerca de 250 quilômetros de espessura.
As Bermudas geologicamente são de origem vulcânica e se situam em cima de uma montanha vulcânica submersa. O aparecimento destas ilhas tem sido associado à "subida" de matéria super quente proveniente do manto terrestre, o mesmo processo de formação que está também na origem do Havaí e da ilha da Páscoa.
A cadeia de ilhas do Havaí resultou do movimento da Placa do Pacífico sobre um lugar extremamente quente no manto profundo, localizado por baixo das ilhas do Havaí.
O calor proveniente deste lugar criou uma fonte de magma. O magma, que é mais leve que as rochas, atravessa o manto e a crosta, formando assim uma montanha submersa ativa.
Porém, uma recente descoberta assinala que as ilhas Bermudas têm raízes literalmente muito mais profundas.
Ao analisar amostras de lava do núcleo terrestre, cientistas da Universidade de Cornell, situada no estado de Nova Iorque (EUA) detectaram uma composição isotópica nunca antes vista.
Os investigadores conseguiram estabelecer que os isótopos vieram da assim chamada zona de transição: uma camada rica em água, cristais, rochas derretidas, localizada entre o manto inferior e o manto superior.
Esta zona contém uma impressionante quantidade de água – tanta quanta nos nossos oceanos.
Estas parecem ser as primeiras evidências diretas indicando que os vulcões podem se formar em uma profundidade maior do que pensávamos, e existe a possibilidade de as Bermudas não serem o único arquipélago que "nasceu" na zona de transição.