Biólogos moleculares, usando guia de remédios vegetais dos médicos do exército dos Estados Confederados da América, conseguiram encontrar um tônico natural que é capaz de combater até mesmo colônias de superbactérias, de acordo com estudo publicado na revista Scientific Reports.
Ultimamente a ameaça de superbactérias resistentes a antibióticos tem aumentando, entre as quais se destacam Staphilococcus aureus (causadora de sepse a infecção generalizada) e Klebsiella pneumoniae (que causa pneumonia e infecções urinárias), surgindo perigo da perda de efeito de antibióticos, o que levaria nossa medicina de volta à época medieval.
A resistência de bactérias fez com que cientistas começassem a elaborar novos medicamentos, e a recorrer a substâncias com um princípio de ação diferente. É aí que entra a Guerra de Secessão, que deixou um guia de remédios vegetais valioso.
No auge da Guerra de Secessão, o cirurgião-geral da Confederação encomendou um guia de remédios vegetais tradicionais do Sul, já que os médicos do campo de batalha enfrentavam altas taxas de infecções entre os feridos e escassez de remédios convencionais. Das plantas da lista, três chamaram atenção dos cientistas do estudo: carvalho-branco, tulipeiro e aralia.
Por isso a equipe de cientistas decidiu reconstruir o tônico e provar a eficiência dele contra bactérias e superbactérias.
A aplicação do tônico conseguiu conter a proliferação de superbactérias, até mesmo das que são mais resistentes a antibióticos, além de impedir que os invasores coordenassem as atividades, aumentando, assim, a imunidade contra organismos invasores.
Pesquisadores ainda não sabem como os componentes desse tônico afetam as bactérias. Contudo, já separaram algumas dezenas de moléculas do carvalho-branco que podem ser as responsáveis pela inibição da proliferação dos organismos invasores. Os estudos continuarão sendo realizados.