Isso porque o líder do partido de extrema-direita eurocético, Liga, obteve o primeiro lugar nessas eleições europeias.
O sucesso do partido Liga da Itália, do partido Rassemblement National da França e do partido Brexit do Reino Unido nas últimas eleições para o Parlamento Europeu indica sinais de mudanças na Europa, além de marcar o início de um "novo Renascimento europeu", afirmou Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da Itália.
"Nasce uma nova Europa. Estou orgulhoso que a Liga está participando desse novo Renascimento europeu", disse Salvini após as pesquisas apontarem que seu partido havia obtido entre 27 e 31% dos votos.
Uma única palavra: Obrigado, Itália!
"Significativamente, como a 'Liga' se tornou o partido dominante na Itália, Marine Le Pen assumiu a liderança na França e Nigel Farage no Reino Unido", ressaltou Salvini, destacando que "esse é um sinal de que a Europa está mudando, a Europa está cansada de ser escrava das elites, corporações e potências".
A Liga baseou sua campanha em uma plataforma direcionada às políticas atuais da União Europeia, criticando a atual liderança e varrendo à frente de seu aliado de coalizão do governo e rival nas atuais eleições, o Movimento 5 Estrelas.
Salvini fez questão de destacar que as forças de esquerda que governaram de forma inadequada tanto a Itália quanto a Europa continuam sendo seus oponentes, enquanto seus aliados no governo são seus amigos, com quem retomaria o trabalho conjunto.
"Os meus aliados no governo são meus amigos", disse Salvini, líder da Liga (extrema-direita), apelando ao parceiro de coligação que "volte ao trabalho com serenidade".
Obrigado! Ao trabalho para mudar a Europa.
De acordo com as primeiras projeções, Matteo Salvini venceu as eleições europeias de forma esmagadora, com mais de 33% do total de votos dos italianos.
O Partido Democrático, de centro-esquerda, conquistou entre 21% e 22%, à frente do Movimento 5 Estrelas, com 18,5% a 22,5%.