Se confirmada, seria a primeira contração desde a recessão grave de 2015-2016 a partir do qual o Brasil não conseguiu se recuperar, deixando a nação no meio do caminho para mergulhar em uma nova crise.
Os números do primeiro trimestre também poderiam gerar pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro, um ex-capitão do Exército que assumiu o cargo em 1º de janeiro e cujos índices de aprovação caíram enquanto a economia vacila.
O Banco Central disse no início deste mês que existe uma "possibilidade significativa" que a saída econômica para contratar em janeiro-março, e na semana passada o governo reduziu suas estimativas de crescimento em 2019, citando resultados decepcionantes do primeiro trimestre.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil possivelmente se contraiu no primeiro trimestre em 0,2%, em uma base ajustada sazonalmente em comparação com os três meses anteriores, de acordo com a média das estimativas de 18 economistas, divulgada em uma pesquisa publicada pela Agência Reuters.
O intervalo de projeções foi entre uma queda de 1,8% e uma ligeira expansão de 0,2%.
Em relação ao primeiro trimestre de 2018, a economia deverá crescer 0,5%, segundo estimativas consensuais de 20 economistas, menos da metade da taxa de expansão do trimestre anterior.
Os dados sobre o crescimento do PIB serão divulgados nesta quinta-feira às 9h (horário de Brasília).
Os economistas pesquisados listaram várias razões para a contração esperada, desde questões estruturais como o alto desemprego até o impacto na produção industrial derivado de um novo desastre de rejeitos da mineração em janeiro.
Além disso, eles citam a baixa confiança de consumidores e empreendedores.