De acordo com Rahim Zare, que é membro da comissão econômica do parlamento iraniano, a China, Grécia, Índia, Itália, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia, países aos quais as sanções não eram temporariamente aplicadas, compraram 1,6 milhão de barris de petróleo iraniano diariamente em março, mas cessaram as compras desde então.
"Eles estão realmente cumprindo as sanções", disse Zare, citado pelo jornal.
O jornal notou que, quando um navio-tanque pertencente à China foi carregado no terminal de petróleo na ilha iraniana de Kharg, em meados de maio, isso foi visto como o reinício das compras de petróleo bruto por Pequim. No entanto, o navio-tanque subsequentemente partiu para a Indonésia e, no momento, permanece na costa do Irã, no golfo de Omã, informou o jornal, citando o recurso de rastreamento marítimo FleetMon.
Empresários em Teerã também notaram que as empresas chinesas deixaram de comprar petróleo iraniano, relatou o jornal.
Ao mesmo tempo, o Irã ainda não perdeu a esperança de retomar as vendas para a China. Um empresário iraniano que entregou petróleo iraniano pela última vez à China há dois meses disse que estava negociando a venda de até dois milhões de barris para uma pequena refinaria chinesa, mas observou que ainda não recebeu a aprovação dos governos dos dois países.
Em abril, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a aplicação de sanções a oito países que antes beneficiavam de isenções temporárias e que são dependentes das importações de energia iranianas: Grécia, Itália, Taiwan, China, Índia, Turquia, Japão e Coreia do Sul.
Os EUA querem que todos os países cessem completamente suas importações de petróleo do Irã. Isso provavelmente terá um impacto significativo sobre a economia do país, no qual as exportações de petróleo são uma das principais fontes de receita do Estado.