Abdelhafiz Nofal, falando em uma conferência de imprensa em Moscou, se referiu ao próximo "acordo do século" da paz anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, como uma "agenda estranha".
"Eles estão sugerindo transformar os campos de refugiados palestinos em algumas novas cidades, eles estão nos oferecendo dinheiro para nossa terra, por nossos direitos, mas nunca aceitaremos isso", afirmou.
Ele destacou que as autoridades palestinas estão firmes em sua rejeição de todas as recentes iniciativas de Israel e dos EUA, aparentemente destinadas a promover a paz. Jerusalém, que os EUA sob Trump reconheciam como a capital israelense, pertence a todas as religiões e "não é uma moeda de barganha", acrescentou.
Nenhum detalhe específico do "acordo do século", que está sendo feito há mais de dois anos, foi oficialmente lançado, mas suas várias premissas relatadas mostram um viés de cordas a favor de Israel.
Um relatório recente afirma que o acordo prevê a aplicação da lei civil israelense sobre seus assentamentos na Cisjordânia ocupada, efetivamente anexando o território.
Trump fez sua fidelidade a Israel abundantemente clara, reconhecendo Jerusalém, que a Palestina também reivindica como sua cidade santa, como a capital israelense.
A medida provocou uma onda de protestos em massa em todo o mundo árabe, inclusive em países aliados dos EUA, como a Arábia Saudita, e levou a Palestina a rejeitar qualquer papel que Washington possa desempenhar na mediação com Israel. Autoridades palestinas rejeitaram todas as propostas de Washington desde então.