Entretanto, sua presença gerou protestos, com os manifestantes afirmando que Moro representa um retrocesso para o povo brasileiro.
Dezenas de manifestantes protestaram em Carcavelos, concelho de Cascais, contra a vinda do ministro, segundo o jornal digital Observador.
"Esta manifestação pretende demonstrar o nosso repúdio contra aquilo que representa Moro. Moro representa um governo que é contra tudo aquilo que os brasileiros conseguiram conquistar nos últimos anos depois da queda da ditadura militar", afirmou aos jornalistas Pedro Teles, membro do movimento que organizou o protesto.
Pedro Teles fez questão de ressaltar que considera o governo de Jair Bolsonaro incapaz de governar o país, além de estar levando o Brasil para um "buraco ainda maior", que está se agravando devido às políticas contra os direitos, as liberdades e a vida das pessoas.
O movimento também contou com o Coletivo Andorinha, Frente Democrática Brasileira de Lisboa, que afirma que Moro faz parte de um governo que é "contra a democracia, contra as mulheres, contra a educação, a ciência, o ambiente, contra os povos indígenas, cultura afro-brasileira e contra os homossexuais", conforme a rádio TSF.
Os manifestantes aguardavam a chegada de Moro com cantos de protesto. Além disso, os manifestantes também seguravam um cartaz com o nome de Marielle Franco, ativista assassinada no Brasil e camisetas com as palavras "Lula Livre", pedindo a libertação do ex-presidente brasileiro.
Pedro Teles acredita que Sérgio Moro "devia ter vergonha de aparecer em Portugal", "num país democrático", pois a atual política de Jair Bolsonaro "só vai destruir a vida das pessoas e acabar com todas as conquistas que o povo brasileiro conseguiu nos últimos 20 anos".
A ativista Maria Magdala, que vive há 12 anos em Portugal, admitiu que a situação no Brasil está provocando a emigração de "brasileiros de todas as classes sociais", incluindo para Portugal. Entretanto, eles encontram algumas "barreiras" ao chegar ao país.
Além disso, ela sublinhou que a iniciativa já teve êxito quando a comunicação social noticiou a carta aberta com 3.400 assinaturas contra a presença de Moro e a política de Bolsonaro, ressaltando que Sérgio Moro foi o juiz responsável pelos processos da operação "Lava Jato", que condenou à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.