"Vamos realizar uma campanha eleitoral clara e nítida que nos trará a vitória. Nós venceremos, venceremos e o público vencerá", disse Netanyahu a repórteres em um breve comunicado depois que o Parlamento votou pela dissolução. A votação de 74 a 45 a favor do desmantelamento do Knesset fará com que o país entre em outra eleição em 17 de setembro.
Depois de mais de um mês de tentativas infrutíferas para formar um governo de coalizão após a vitória eleitoral do mês passado, Netanyahu fez um último esforço para fechar um acordo entre o ex-ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e os partidos ultra-ortodoxos sobre isenções militares.
Mas essa tentativa fracassou, com Lieberman culpando Netanyahu por arrastar o país para outra eleição por causa da recusa do partido dele, o Likud, em votar um projeto de lei para mandar os judeus ultra-ortodoxos para o serviço militar obrigatório.
Netanyahu criticou seu ex-comandante, alegando que Lieberman enganou seus eleitores apenas para arrastar Israel para uma nova eleição "só porque ele quer mais alguns votos, o que ele não conseguirá". O primeiro-ministro também acusou Lieberman de ser um homem de esquerda que "derruba governos de direita".
Enquanto isso, o líder da oposição, Benny Gantz, que anteriormente argumentou que seu partido Azul e Branco deveria ter a chance de formar uma coalizão se Netanyahu falhar, também criticou o primeiro-ministro.
"Bibi provou novamente – não a Israel antes de tudo. Bibi acima de tudo", afirmou no Twitter. "Bibi era prisioneiro da fortaleza legal e tentava evitar a prisão. As pessoas terão que pagar pelo fracasso de Bibi".