O ministério está planejando divulgar detalhes da lista proposta no futuro próximo, segundo o porta-voz Gao Feng, citado pela Rádio Nacional da China.
A medida foi proposta em meio ao recente escândalo que eclodiu em torno da lista negra norte-americana das principais empresas de telecomunicações da Huawei, junto com outras corporações chinesas, por ordem direta do presidente dos EUA, Donald Trump.
Esse decreto impede que empresas americanas forneçam peças sobressalentes ou soluções de tecnologia para a Huawei. A medida foi introduzida depois que a Casa Branca acusou as empresas chinesas de espionagem contra os EUA em nome de Pequim.
Após o pedido, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou a lista negra da Huawei e 70 de suas afiliadas. Isso forçou as empresas americanas a buscar permissão especial do Bureau de Indústria e Segurança (BIS) para negociar com a empresa chinesa.
A medida radical fez com que empresas de tecnologia americanas e estrangeiras suspendessem suas transações comerciais com a Huawei para cumprir o pedido da Trump. O gigante da internet norte-americano Google tornou-se o primeiro a quebrar um acordo de compartilhamento de produtos com a Huawei.
Mais tarde, vários fabricantes de chips, incluindo Intel, Qualcomm, Xilinx e Broadcom seguiram o exemplo. A Microsoft, a britânica ARM e o grupo de telecomunicações Vodafone, assim como a japonesa Panasonic, cortaram todos os laços com a Huawei.
A lista negra da Huawei é vista como parte da disputa comercial entre a China e os EUA. O presidente Trump acusou Pequim de práticas comerciais desleais e de roubo de propriedade intelectual, tendo imposto as primeiras tarifas sobre produtos importados da China. Pequim negou as acusações e respondeu com contra-tarifas sobre produtos americanos.