Drones controlados pela mente? Pentágono quer testar tecnologia de telepatia em humanos

Uma agência do Pentágono encarregada de desenvolver uma nova tecnologia para as Forças Armadas dos Estados Unidos diz que está a poucos anos de distância do início dos testes humanos de um fone de ouvido que dá a seus portadores poderes telepáticos.
Sputnik

O professor Jacob Robinson, da Universidade Rice, coordenador da equipe de pesquisa da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), disse ao jornal Express que a interface cérebro-computador (BCI) seria capaz de comandar telepaticamente "sistemas ativos de defesa cibernética", bem como "grupos de veículos não tripulados".

O pesquisador observou que a tecnologia removeria a "latência de comunicação" entre a mente e o corpo.

Projeto ambicioso oferecerá 'poder da telepatia' aos seus clientes

"Há um atraso entre o meu pensamento e o movimento dos músculos necessários para interagir com o mundo externo. Então, a ideia é se podemos nos comunicar do cérebro para o mundo externo sem ter que mover um músculo, então poderíamos ter uma comunicação muito mais rápida com dispositivos externos", explicou.

A DARPA espera começar a testar a tecnologia futurista em humanos nos próximos quatro anos. Um grande obstáculo, de acordo com Robinson, está recebendo aprovação da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). O professor ressaltou que o fone de ouvido não seria apenas para uso militar.

"Após os ensaios clínicos, podemos imaginar produtos de consumo sendo desenvolvidos, envolvendo uma transição tradicional e esses tempos de desenvolvimento podem variar entre 10 e 20 anos", afirmou.

Robinson reconheceu que há sempre "preocupação adicional" quando o governo dos EUA desenvolve tecnologias que têm o potencial de ser mal utilizado, mas insistiu que existem regras para garantir que suas pesquisas não violem os padrões éticos.

Cientistas fazem um grande passo à telepatia

"Para a tecnologia neural, em particular, há um conjunto de diretrizes que a comunidade está desenvolvendo, chamadas de padrões ético-neurais. E à medida que desenvolvemos essa tecnologia, estamos em contato constante com os especialistas em ética [como] proteger essa tecnologia do uso indevido", destacou.

O desenvolvimento da tecnologia de controle mental tornou-se um foco central para a DARPA. O Pentágono anunciou em fevereiro que estava aceitando propostas de "neurotecnologia da próxima geração" para ajudar a reforçar sua pesquisa de interface neural pré-existente.

A agência investiu pesadamente em tecnologias cerebrais desde 2013, quando lançou sua iniciativa BRAIN (pesquisa do cérebro através do avanço das neurotecnologias inovadoras), que consiste em vários programas dedicados a fazer avanços "revolucionários" na neurociência.

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