Repórter detido pela polícia no centro de Moscou acusado de alegada posse de drogas

O repórter Ivan Golunov, da edição Meduza, foi detido no centro de Moscou, segundo declarações da polícia. Durante as buscas foram encontrados "cinco embrulhos com uma substância em pó".
Sputnik

As conclusões da análise revelaram que a substância apreendida durante as buscas é um estupefaciente, mefedrona, com uma massa de cerca de quatro gramas, informa o comunicado.

Contra ele foi iniciado um processo penal.

A diretora-geral da edição Galina Timchenko e seu editor-chefe Ivan Kolpakov comentaram a detenção do repórter.

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Golunov conseguiu informar através de amigos que alguém lhe colocou dois embrulhos com uma substância desconhecida. De acordo com ele, não o deixaram usar o celular e chamar o advogado, informa o portal Meduza.

Em entrevista ao serviço russo da Radio Sputnik, o advogado de Golunov disse que os embrulhos poderiam ter sido colocados de propósito.

"O embrulho estava na mochila por cima dos objetos pessoais, o que indica que foi colocado por cima, em caso contrário ele estaria misturado com os pertences", disse o advogado.

De acordo com o advogado, o próprio detido pensa que a detenção dele está relacionada com a sua atividade jornalística profissional.

"Ivan afirma que causa [da detenção] está relacionada com a atividade jornalística dele. Nós achamos que isto é uma provocação, que as drogas poderiam ter sido colocadas por alguém de propósito", disse o advogado.

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