Em uma entrevista por telefone transmitida pela CNBC, Trump afirmou que tarifas adicionais sobre produtos chineses entrarão em vigor imediatamente se o presidente da China, Xi Jinping, não comparecer à próxima reunião do G20.
Trump defendeu suas ameaças de impor tarifas ao México e à China, o que, segundo ele, colocou os EUA "com uma tremenda vantagem competitiva".
"O acordo com a China vai dar certo. Você sabe porque? Por causa das tarifas… Neste momento, a China está sendo absolutamente dizimada pelas empresas que estão deixando a China, indo para outros países, incluindo o nosso, porque eles não querem pagar as tarifas", declarou.
A China vai "fazer um acordo porque vai ter que fazer um acordo", prosseguiu Trump.
O presidente criticou o Federal Reserve dos EUA por aumentar as taxas de juros muito rapidamente e dar uma vantagem aos chineses nas negociações comerciais.
"Eles desvalorizam sua moeda há anos: isso os coloca em uma tremenda vantagem competitiva. E não temos essa vantagem porque temos um Fed que não reduz as taxas de juros", comentou Trump à CNBC.
"Devemos ter o direito de ter um campo de jogo justo, mas mesmo sem condições justas - porque o nosso Fed é muito, muito perturbador para nós - mesmo sem um campo de jogo justo, estamos vencendo", completou.
O presidente dos EUA continuou: "Não se esqueça: o chefe do Fed na China é o presidente Xi [...] ele pode fazer o que quiser".
Quando perguntado se ele via a gigante de telecomunicações chinesa Huawei como uma ameaça à segurança nacional ou se alavancaria negociações comerciais com a China, Trump disse que poderia ser ambas.
"Eu vejo isso como uma ameaça", avaliou ele sobre a Huawei. "Ao mesmo tempo, pode ser muito bom que façamos algo com relação à Huawei como parte de nossas negociações comerciais com a China".