No mês passado, as reservas de ouro da China aumentaram de 61,10 para 61,61 milhões de onças. Deste modo, no final de maio, as reservas atingiram o montante de 79,83 bilhões de dólares em comparação com 78,35 bilhões de dólares no fim de abril.
Esse crescimento de reservas reflete a "determinação na diversificação" de ativos por parte do governo chinês para reduzir sua dependência do dólar estadunidense, informou a agência Bloomberg, citando a analista da Argonaut Securities Ltd, Helen Lau. A especialista espera que a China compre 150 toneladas de ouro até o fim de 2019.
O financista Bart Melek, da TD Securities, é da mesma opinião.
"Trata-se de uma diversificação para abandonar o dólar estadunidense, particularmente levando em conta as tensões comerciais e a potencial guerra fria tecnológica que está em evolução", revelou Melek.
As duas maiores economias no mundo – a China e os EUA – se envolveram em uma disputa comercial desde março de 2018. Em maio de 2019, as tensões se agravaram ainda mais, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu aumentar as tarifas de 10% para 25% sobre cerca de 200 bilhões de dólares (R$ 800 bilhões) em importações chinesas. A China, por sua vez, também aumentou as tarifas chinesas sobre uma série de produtos estadunidenses no valor de 60 bilhões de dólares (R$ 240 bilhões).