Trump afirma que Irã agora 'respeita os EUA' exatamente por causa da política dele

O presidente dos EUA declarou que o Irã mudou completamente seu comportamento como resultado de suas sanções e da retirada do acordo nuclear. Agora Teerã respeita os EUA e sofre de falta de pão, disse Donald Trump.
Sputnik

Respondendo a perguntas de jornalistas ao sair da Casa Branca nesta terça-feira (11) Trump falou sobre a guerra comercial com a China e as disputas sobre a imigração do México, além das tensões entre os EUA e o Irã.

"O Irã é um país que agora, por causa de todas as sanções e outras coisas, é muito diferente do que era quando eu cheguei aqui", disse Trump. "Quando eu cheguei aqui, eles estavam por todo o lado, provocando terror, provocando problemas".

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Segundo Trump, isto é porque "neste momento eles respeitam os EUA muito mais do que antes".

O presidente não apresentou quaisquer provas para essas declarações, se atribuindo o mérito do atual estado de coisas, argumentando que a mudança de atitude do Irã é resultado da saída dos EUA do acordo nuclear e da introdução de novas sanções, devastadoras para a economia iraniana.

"Eles têm uma inflação tremenda, seu dinheiro é inútil, não se pode comprar um pedaço de pão", disse ele, antes de acrescentar que se preocupa profundamente com o povo iraniano. "Eu gostaria de lhes ajudar com estes problemas", disse.

Durante todo o ano passado, a administração Trump realizou uma política de "máxima pressão" sobre o Irã. As sanções provocaram uma hiperinflação no país. Embora a escassez de alimentos tenha sido relatada, ela não é tão grave quanto Trump imagina.

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As tensões entre o Irã e os EUA se intensificaram depois da retirada unilateral dos EUA de acordo nuclear da época de Obama, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA na sigla em inglês) em maio passado.

Além do constante aumento das sanções, a administração Trump enviou navios de guerra ao Golfo Pérsico. Entretanto, o conselheiro de Segurança Nacional  John Bolton fez abertamente ameaças de lançar uma intervenção militar contra o Irã, enquanto o advogado pessoal do presidente, Rudy Giuliani, fez discursos frente aos exilados iranianos na Europa, prometendo-lhes uma mudança de regime.

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