A manifestação foi autorizada pelas autoridades municipais, que tomaram todas as medidas necessárias para criar condições seguras para um evento que juntou cerca de 20 mil pessoas.
Como resultado da manifestação, os participantes apoiaram uma resolução que inclui um apelo às autoridades para que realizem uma investigação aprofundada do caso de Ivan Golunov, um pedido de revisão das sentenças ao abrigo do artigo 228º do Código Penal da Federação Russa relativamente a jornalistas, ativistas civis e figuras públicas, bem como um apelo ao Gabinete do Procurador-Geral para desenvolver uma regulamentação das relações entre os órgãos de segurança e a comunidade jornalística, incluindo a cobertura de eventos de massas, especialmente ações não autorizadas.
O jornalista russo Ivan Golunov foi detido em 6 de junho. A polícia encontrou "cinco pacotes com uma substância em pó" na sua bolsa. Testes posteriores determinaram que se tratava de mefedrona.
O presidente do Conselho Presidencial Russo para a Sociedade Civil e Direitos Humanos, Mikhail Fedorov, admitiu que Golunov poderia ter sido detido por causa de sua atividade jornalística, uma vez que é famoso por investigações contra a corrupção no país.
Os policiais que detiveram o jornalista foram suspensos, tendo sido aberto um inquérito às suas ações.
O caso de Ivan Golunov chamou a atenção de vários representantes da mídia da Rússia, assim como das autoridades do país.