Dois especialistas consultados pela Sputnik China analisaram o significado desta proposta.
De acordo com Igor Shatrov, vice-diretor do Instituto para o Desenvolvimento da Ideologia Moderna, trata-se de um "importante evento político".
"É um gesto que reflete a proximidade das posições de três grandes países: Rússia, China e Índia. A vontade de expressá-la ocorre em um contexto de colapso do sistema de interação internacional, não só político como também econômico" opinou Shatrov.
O especialista também disse que as guerras comerciais iniciadas pelos EUA prejudicam gravemente o sistema de relações econômicas internacionais.
"A reunião trilateral pode ser considerada como uma mensagem que os três países querem enviar ao resto dos participantes do G20".
Para além disso, de acordo com o analista, os países poderiam discutir a questão da reorientação dos fluxos comerciais para resolver os problemas econômicos que surgem devido ao protecionismo dos EUA.
Por sua vez, Wu Enyuan, especialista da Academia de Ciências Sociais da China, salientou que a cúpula dos três países será um "grande evento mundial".
"Estas três grandes potências podem unir-se e discutir temas como o BRICS ou a Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), promovendo a segurança regional e preservando a paz mundial", destacou Wu Enyuan.
Devido a todo o seu potencial econômico, enorme população e localização geográfica próxima, a China, a Índia e a Rússia desempenham um papel estabilizador na política mundial, afirmou o analista chinês, adicionando que a cúpula permitira também aos três países solucionar determinados problemas entre si através do diálogo.