Pesquisadores da Universidade de Reading e de Southampton revelaram que os chamados crannógs, pequenas ilhas artificiais espalhadas por toda a Escócia, País de Gales e Irlanda, pertencem à época do Neolítico, tendo uma delas 5.700 anos de idade. Segundo informa o portal Phys.org, a maioria dos crannógs foi construída entre 4.000 e 2.500 anos a.C., quer dizer, têm entre 6.000 e 4.500 anos, enquanto a construção do Stonehenge começou nos anos 3.000 a.C.
Quase todas as ilhotas, que se supõe terem servido como habitação, estão bem conservadas, o que permite investigar a sua idade pela datação por cadiocarbono, feita também a partir de fragmentos cerâmicos encontrados perto das construções.
Antes, os cientistas consideravam que estas estruturas artificiais, feitas geralmente em madeira, pertenciam à idade do Ferro, ou seja, aos anos 1.400-500 a.C. Mas, segundo as provas recentemente obtidas, a idade das ilhotas foi subestimada. Pesquisas recentes mostram que outras plataformas lacustres da Escócia são igualmente antigas.
Os crannógs seriam lugares especiais para reuniões públicas ou construções para ritos e refeições conjuntas. Duncan Garrow, da Universidade de Readimng, admitiu que o fato de as construções serem cercadas de água pode simbolizar a separação do homem da vida quotidiana. Elas têm de 10 a 30 metros de comprimento e estão espalhadas pelos rios e lagos da Escócia.
Em 2012, os cientistas encontraram perto dos cannógs diferentes vasilhas de barro muito bem conservadas. Provavelmente, as vasilhas foram deitadas na água intencionalmente, embora não se saiba por que motivo. A única coisa que se sabe é que as vasilhas foram amplamente usadas antes de serem colocadas na água.