Dmitry Novikov, cientista sênior do Instituto de Física da Academia de Ciências da Rússia, anunciou algumas das tarefas que vão ser cumpridas pelo observatório astrofísico Spektr-M, que começará a funcionar no início dos anos 2030.
"Nos centros das galáxias podem estar localizados tanto buracos negros supermassivos como os assim chamados buracos de minhoca. São túneis peculiares em um espaço distorcido e tempo devido a uma gravidade superpoderosa. Estes túneis podem ligar as diferentes zonas do nosso Universo ou até mesmo diferentes universos uns aos outros", afirmou o cientista sênior durante coletiva de imprensa.
"O descobrimento e a detecção de tais objetos seriam uma novidade grandiosa para toda a ciência mundial", acrescentou.
O observatório Spektr-M (do projeto Millimetron) contará com um telescópio espacial de 10 metros para observação de diferentes objetos do Universo em bandas milimétricas e infravermelhas com ondas de 0,02 a 17 milímetros de comprimento.
Perspectivas do novo observatório
Com o observatório, cientistas pretendem recolher dados sobre estrutura global do Universo, estrutura e evolução das galáxias e dos núcleos delas, dos sistemas planetários e solares, do pó espacial, bem como sobre compostos orgânicos no espaço e objetos com campos gravitacionais e eletromagnéticos superpotentes.
O aparelho espacial será instalado na plataforma Navigator-M, elaborado pela Associação de Pesquisa e Produção Lavockin. Depois de ser lançado, o observatório Spektr-M vai se dirigir à órbita operacional, mais especificamente ao ponto Lagrange L2, localizado na linha definida pela Terra e o Sol a 1,5 milhão de quilômetros do nosso planeta.
Anteriormente, a Sputnik escreveu sobre os planos da Rússia de instalar além da órbita da Lua o observatório astrofísico espacial Astron-2.